Plástico verde: para que serve esse recurso sustentável?

Em um cenário global em que a sustentabilidade se tornou obrigatória, o plástico verde surge como uma das inovações mais promissoras no campo dos materiais ecologicamente responsáveis. 

A descoberta do primeiro polietileno renovável do mundo foi um divisor de águas que revolucionou — e ainda revoluciona — o mercado internacional. 

Seu impacto ambiental positivo, combinado com a versatilidade do material, atrai cada vez mais a atenção de grandes empresas globais que adotam as práticas do ESG (Environmental, Social and Governance).

Se interessou e quer saber mais sobre esse bioplástico? Continue a leitura e aprenda o que é e para que serve o plástico verde, suas especificações técnicas, seus impactos ambientais e como usá-lo.

O que é o plástico verde?

O plástico verde é um biopolímero produzido a partir de fontes renováveis, inicialmente pela Braskem em 2012. A multinacional desenvolveu o polietileno (PE), primeiro biopolímero em escala industrial, feito a base na cana-de-açúcar. Nesse caso, o etanol da cana se transforma em eteno, que, por sua vez, é polimerizado para criar o PE.

Hoje, a fabricação dos bioplásticos pode ocorrer a partir de fontes renováveis e/ou biodegradáveis. De acordo com a associação European Bioplastics, ao todo são 10 grupos de diferentes tipos de bioplástico, sendo os mais comuns, além do PE:

  • o ácido polilático (PLA);
  • o polibutileno adipato co-tereftalato (PBAT);
  • o politereftalato de etileno (PET);
  • o polisuccinato de butileno (PBS).

 

Com o passar dos anos, várias outras empresas nacionais e multinacionais passaram a produzir seus próprios biopolímeros a partir de matérias-primas renováveis agrícolas (milho, cana-de-açúcar, mandioca), de algas marinhas, entre outros compostos sustentáveis. Vale ressaltar que a durabilidade e o desempenho em aplicações específicas podem variar.

Para que serve o plástico verde?

O plástico verde serve como uma alternativa mais sustentável aos derivados de petróleo e contribui bastante para a redução da pegada de carbono: uma única tonelada de bioplástico retira da atmosfera até 3,09 toneladas de CO², de acordo com a revista Pesquisa Fapesp

O material sustentável apresenta propriedades mecânicas e químicas semelhantes às do plástico convencional e tem a possibilidade de estar em diversas indústrias, como a de embalagens, a automotiva e a de bens de consumo. Alguns produtos comuns que utilizam plástico verde incluem:

  • garrafas de bebidas;
  • sacolas de compras;
  • materiais de construção;
  • componentes automotivos.

 

Outra função benéfica é que o plástico verde é reciclável, o que contribui para a economia circular e promove a sustentabilidade. 

Estes benefícios o tornam uma alternativa atrativa em um cenário onde a preocupação ambiental é cada vez mais relevante. Apesar disso, há alguns pontos negativos. E quais são as desvantagens do plástico verde?

Quais são as desvantagens do plástico verde?

As desvantagens do plástico verde abrangem três aspectos principais: ambientais, econômicos e estruturais. 

Do ponto de vista ambiental, o cultivo da cana-de-açúcar, sua principal matéria-prima, provoca impactos significativos: consumo excessivo de água, uso intensivo de fertilizantes e pesticidas, além de contribuir para o desmatamento e a redução da biodiversidade local pela necessidade de grandes áreas de plantio.

No aspecto econômico, o custo de produção elevado representa um obstáculo importante. O valor superior ao do polietileno convencional limita sua competitividade no mercado e dificulta a adoção em larga escala industrial.

Quanto às características estruturais, apesar de sua origem renovável, o plástico verde não oferece vantagem em relação à decomposição: ele mantém as mesmas propriedades do plástico tradicional e, por isso, não ocorre degradação. 

E qual a diferença entre plástico verde e plástico biodegradável? Descubra a seguir.

Qual a diferença entre plástico verde e plástico biodegradável?

Plástico biodegradável é aquele que pode passar pela decomposição por microrganismos em condições adequadas, o que resulta em substâncias não tóxicas.

Diferentemente do plástico verde, feito de fontes renováveis, o biodegradável pode surgir a partir de materiais naturais ou sintéticos. Veja a seguir, uma comparação entre os dois materiais.

Origem

O plástico verde se forma a partir de fontes renováveis, enquanto o plástico biodegradável pode derivar de fontes não renováveis.

Despesa

O custo de produção do plástico verde pode ser competitivo, mas depende de fatores como a disponibilidade da matéria-prima. O plástico biodegradável, por outro lado, pode ser mais caro devido ao processo de decomposição e à necessidade de condições específicas para sua degradação.

Impacto ambiental

O plástico verde tem um impacto ambiental menor em termos de emissões de CO₂, pois utiliza recursos renováveis. O biodegradável, embora se decomponha mais rapidamente, pode ainda causar danos se não tiver um descarte correto. 

Apesar desses fatores, à medida que a conscientização ambiental aumenta, mais empresas buscam alternativas sustentáveis. Nesse sentido, qual o futuro do plástico verde?

Qual o futuro do plástico verde?

O futuro do plástico verde parece promissor, com um aumento na demanda por materiais sustentáveis em diversos setores. O estudo Financiando uma Bioeconomia Global Sustentável, da Global Policy Initiative, aponta que a bioeconomia pode crescer até 20% ao ano até 2025. 

Essa tendência ocorre enquanto mais empresas buscam alternativas para reduzir sua pegada de carbono e atender a consumidores preocupados com o meio ambiente.

Também, a inovação tecnológica desempenha um papel crucial. Pesquisas recentes mostram que novas técnicas podem tornar a produção de plástico verde mais eficiente e acessível. 

Cientistas da Universidade Estadual do Colorado, por exemplo, criaram um plástico que pode voltar ao seu estado original e ser reciclado infinitas vezes, sem deixar resíduos.

Por isso, o investimento em biotecnologia e reciclagem avançada pode ampliar o uso de plásticos verdes em embalagens, automóveis e eletrônicos, e contribui para uma economia circular.

A colaboração entre indústrias, governos e instituições de pesquisa será fundamental para impulsionar o uso de plásticos seguros e sustentáveis no futuro.

Como a sustentabilidade atua na Tectape?

A Tectape, através das práticas ESG, implementa a sustentabilidade por meio de um plano de gestão de resíduos que minimiza seu impacto ambiental que inclui o reaproveitamento de PVC e resinas. 

Além disso, 100% das suas caixas de papelão são feitas de material reciclado, e a empresa realiza a incineração segura de resíduos não recicláveis, o que reflete seu compromisso com a sustentabilidade.

Ao escolher produtos Tectape, você não apenas adquire fitas adesivas de alta qualidade, mas também se torna parte de uma mudança positiva para o planeta. 

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